Elon Musk’s brother, Kimbal, blasts Trump’s tariffs, describing them as a “structural, permanent tax on the American consumer.”

Na última semana, Kimbal Musk, irmão mais novo do magnata Elon Musk, lançou uma crítica contundente às tarifas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, desde que ele reassumiu o cargo em janeiro de 2025. Em uma entrevista ao canal CNBC em 5 de abril, Kimbal, um empreendedor conhecido por seus negócios na área de alimentos e tecnologia, descreveu as tarifas como um “imposto estrutural e permanente sobre o consumidor americano”. A declaração, que ecoou rapidamente nas redes sociais como o X, marca uma rara discordância pública entre o clã Musk e o governo Trump, com quem Elon mantém uma relação próxima, e reacende o debate sobre os impactos econômicos das políticas protecionistas de Trump em sua segunda gestão.
Kimbal, de 52 anos, não é um nome tão familiar quanto o irmão, mas seu peso no mundo dos negócios é inegável. Cofundador da The Kitchen Restaurant Group e da Square Roots, ele tem se dedicado a revolucionar a agricultura urbana e a alimentação sustentável. Sua crítica às tarifas de Trump — que incluem 20% sobre bens do Canadá e do México e ameaças de taxas ainda maiores à Europa — surge em um momento em que os preços nos EUA estão subindo: gasolina a 4,20 dólares por galão, mantimentos 7% mais caros e o índice Dow caindo 1.200 pontos desde março. “Isso não é uma vitória para os trabalhadores; é um fardo para todos nós”, disse Kimbal, apontando que as tarifas elevam custos de produção e, consequentemente, o preço final para os consumidores.
A posição de Kimbal contrasta com a de Elon, que, apesar de nem sempre endossar publicamente as tarifas, mantém laços estreitos com Trump. Elon, CEO da Tesla e da SpaceX, foi visto em Mar-a-Lago com o presidente e elogiou sua eleição em 2024 no X, onde seus 200 milhões de seguidores o idolatram com frases como “Nós amamos Elon Musk”. Kimbal, porém, parece menos disposto a ignorar os efeitos práticos. Ele destacou como as tarifas afetam suas empresas: a Square Roots, que depende de cadeias de suprimento globais, enfrenta aumentos de custo em equipamentos agrícolas importados, enquanto seus restaurantes lidam com ingredientes mais caros. “Não se trata de política, mas de matemática simples”, afirmou, chamando as tarifas de “um erro estrutural que não resolve nada”.
O impacto das tarifas de Trump é palpável. Desde janeiro, as taxas de 20% sobre o Canadá e o México — parte da chamada “Dia da Libertação” de Trump — elevaram os preços de bens essenciais, como aço e peças automotivas, afetando desde montadoras até agricultores. O Vietnã, em resposta, ofereceu zerar tarifas sobre produtos americanos para evitar retaliação, enquanto a Alemanha considera retirar 1.200 toneladas de ouro de Nova York, temendo a instabilidade de Trump. No X, apoiadores de Trump defendem: “Kimbal está errado — as tarifas trazem empregos de volta!” Mas críticos, incluindo economistas, concordam com Musk: um estudo da Câmara de Comércio dos EUA estima uma perda de 300 bilhões de dólares no PIB e 2 milhões de empregos em risco até 2026, um “banho de sangue” que o senador Ted Cruz já teme para as eleições de meio de mandato.
Kimbal não está sozinho na família Musk a desafiar convenções. Enquanto Elon foca em foguetes e carros elétricos, Kimbal tem uma abordagem mais terrena, mas igualmente visionária. Sua crítica ganhou força no X, onde usuários debatem: “Kimbal fala a verdade — as tarifas são um imposto disfarçado” contra “Ele está traindo o time de Trump!” A relação entre os irmãos, que já colaboraram na Zip2 nos anos 90, parece intacta — Elon não respondeu diretamente, mas retweetou um meme sobre “família complicada”, sugerindo humor em vez de rixa. Ainda assim, a divergência pública é notável, especialmente com Elon tão alinhado ao MAGA e ao vice-presidente J.D. Vance.
Para os consumidores americanos, o alerta de Kimbal ressoa. A inflação, agora em 4,3% (março de 2025), corrói o poder de compra, e as tarifas — que Trump chama de “arte da negociação” — não mostram sinais de recuo. Em um discurso em 7 de abril na Flórida, Trump dobrou a aposta: “Estamos ganhando em grande estilo — o Vietnã já cedeu!” Mas Kimbal contra-ataca: “Ganhar o quê? Estamos pagando mais por tudo.” No X, o público se divide: “Kimbal é o Musk sensato” versus “Ele não entende a visão de Trump.”
Enquanto Elon lança foguetes e Netanyahu encontra Vance, Kimbal’s blast põe os pés no chão — um imposto permanente, ele diz, que não diferencia amigo de inimigo. Seja uma crítica isolada ou um sinal de tensões mais amplas, suas palavras cortam o barulho de 2025: tarifas não são apenas política, mas um peso real nas costas do povo. No X, o debate ferve, mas uma coisa é clara: Kimbal Musk, com ou sem apoio do irmão, não tem medo de chamar a tarifa pelo que é — e isso, por si só, é explosivo.