O fim de semana da Fórmula 1 no Grande Prêmio da Emília-Romanha, em Imola, foi marcado por momentos de tirar o fôlego, reviravoltas inesperadas e atuações que ficarão na memória dos fãs. Entre acidentes impressionantes, um desempenho decepcionante da Ferrari e a ascensão de Gabriel Bortoleto, a classificação para a corrida de domingo (18) trouxe uma mistura de emoções e surpresas que agitaram o paddock. Vamos mergulhar nos detalhes dessa sessão eletrizante!
A classificação em Imola foi, sem dúvida, uma das mais caóticas da temporada 2025. O circuito Enzo e Dino Ferrari, conhecido por sua exigência técnica e margens mínimas para erros, testemunhou dois acidentes graves que levantaram preocupações sobre a segurança. O primeiro envolveu Yuki Tsunoda, da RB, que capotou na curva 6, chegando perigosamente perto da grade que separa a pista da arquibancada. O carro ficou destruído, mas, felizmente, o piloto saiu ileso, graças às rigorosas normas de segurança da F1. Pouco depois, Franco Colapinto, estreante da Alpine, protagonizou outro momento assustador ao bater forte na curva Tamburello, acionando uma bandeira vermelha que interrompeu a sessão. Esses incidentes não apenas paralisaram a classificação, mas também alteraram a dinâmica do grid, beneficiando alguns pilotos, como o brasileiro Gabriel Bortoleto.
Os acidentes reforçam o quão desafiador é o traçado de Imola, onde os pilotos precisam operar no limite absoluto. A combinação de curvas rápidas, zebras traiçoeiras e a pressão do cronômetro criou um cenário de alto risco, que testou a habilidade e a coragem de todos no grid.
Para os tifosi, a classificação em Imola foi uma verdadeira decepção. A Ferrari, que chegou ao fim de semana com expectativas de brigar pelas primeiras posições, sofreu eliminações surpreendentes no Q2. Charles Leclerc, um dos favoritos da torcida italiana, ficou apenas em 11º, enquanto Lewis Hamilton, agora defendendo as cores da Scuderia, terminou em 12º. A dupla não conseguiu encontrar o ritmo necessário para avançar ao Q3, deixando a Ferrari fora do top 10 em sua corrida de casa – um resultado que pode ser considerado um vexame para uma equipe com tanta tradição e apoio.
O desempenho abaixo do esperado da Ferrari levanta questionamentos sobre a competitividade do carro em pistas técnicas como Imola. Apesar de melhorias em relação a 2024, a equipe ainda parece sofrer com inconsistências, especialmente em condições de alta pressão. Para piorar, a McLaren, liderada por Oscar Piastri, dominou a sessão, cravando a pole position e encerrando um jejum de 20 anos sem poles da equipe em Imola. A diferença de desempenho entre as duas equipes foi gritante, e a Ferrari agora enfrenta a difícil tarefa de se recuperar na corrida.
Em meio ao caos, Gabriel Bortoleto, o jovem piloto da Sauber, emergiu como um dos grandes destaques da classificação. O brasileiro, que faz sua temporada de estreia na F1, mostrou maturidade e velocidade ao avançar para o Q2, terminando a sessão em 14º. Essa foi a terceira vez em 2025 que Bortoleto conseguiu chegar à segunda fase da classificação, um feito impressionante para um novato em uma equipe que terminou 2024 na lanterna do campeonato de construtores.
Bortoleto aproveitou a bandeira vermelha causada pelo acidente de Colapinto para garantir sua vaga no Q2, superando pilotos como Oliver Bearman, da Haas, cujo tempo foi cancelado. Apesar de não avançar ao Q3, o brasileiro demonstrou consistência, ficando à frente de seu companheiro de equipe, Nico Hülkenberg, e de outros novatos, como Andrea Kimi Antonelli, da Mercedes. Sua performance em Imola reforça o potencial que o levou aos títulos consecutivos na F3 e F2, colocando-o como uma das grandes promessas do automobilismo brasileiro.
Em entrevistas após a sessão, Bortoleto destacou a dificuldade do circuito e sua satisfação com o resultado: “Imola é uma pista que não perdoa erros. Conseguir o Q2 aqui, na minha primeira vez, é algo que me deixa muito orgulhoso. Vamos trabalhar para buscar pontos na corrida.” A confiança do jovem piloto é um sinal de que ele está pronto para enfrentar os desafios da F1 e continuar surpreendendo.
Com Oscar Piastri na pole, seguido de Max Verstappen e George Russell, a corrida promete ser uma batalha intensa nas primeiras posições. A McLaren chega como favorita, mas a Red Bull de Verstappen nunca pode ser subestimada. Para a Ferrari, a missão é clara: recuperar o terreno perdido e evitar mais frustrações diante de sua torcida. Já Bortoleto, largando em 14º, tem a chance de capitalizar em eventuais incidentes e estratégias ousadas para pontuar pela primeira vez em 2025.
O GP da Emília-Romanha também marca o início da temporada europeia da F1, e os olhos do mundo estarão voltados para Imola. Será que a Ferrari conseguirá se redimir? Bortoleto manterá sua trajetória ascendente? E os acidentes da classificação servirão como alerta para uma corrida mais cautelosa? As respostas virão na tarde de domingo, quando os motores roncarem no lendário circuito italiano.
A classificação do GP da Emília-Romanha foi um espetáculo de emoções, com acidentes assustadores, surpresas no grid e o brilho de Gabriel Bortoleto. Enquanto a Ferrari enfrenta críticas e busca redenção, o brasileiro da Sauber continua a conquistar espaço e corações na F1. Imola provou, mais uma vez, por que é um dos circuitos mais desafiadores e amados do calendário. Que venha a corrida!