A temporada de 2025 da Fórmula 1 está sendo marcada por uma reviravolta que promete abalar o mundo do automobilismo: Max Verstappen, tetracampeão mundial, teria aceitado uma proposta da Mercedes para deixar a Red Bull e correr pela equipe alemã a partir de 2026. A notícia, que explodiu no paddock durante o Grande Prêmio da Áustria, reacende especulações sobre o futuro do holandês e pode desencadear uma dança das cadeiras sem precedentes na categoria. Com a Red Bull enfrentando dificuldades técnicas e internas, a decisão de Verstappen representa um marco que pode redefinir o equilíbrio de forças na Fórmula 1.
Nos últimos anos, Verstappen tem sido o pilar da Red Bull, conquistando quatro títulos consecutivos entre 2021 e 2024. No entanto, a temporada de 2025 tem sido desafiadora para a equipe austríaca. O RB21, carro da Red Bull, não conseguiu acompanhar o ritmo da McLaren e da Ferrari, enquanto a Mercedes, com George Russell e Kimi Antonelli, surpreendeu ao ocupar a segunda posição no Mundial de Construtores. O desempenho abaixo do esperado, aliado a tensões internas, como a relação conturbada entre o chefe Christian Horner e Jos Verstappen, pai de Max, parece ter sido o estopim para a decisão do piloto. Segundo a Sky Sports Italia, Verstappen deu o aval inicial para negociações com a Mercedes, aproveitando uma cláusula de desempenho em seu contrato, que permite sua saída caso não esteja entre os três primeiros no campeonato até a pausa de verão. Atualmente, ele ocupa a terceira posição, 61 pontos atrás do líder Oscar Piastri.
A possibilidade de Verstappen na Mercedes não é nova. Toto Wolff, chefe da equipe alemã, nunca escondeu sua admiração pelo holandês, lamentando até hoje não tê-lo contratado em 2014, quando Max optou pela Red Bull. A confiança da Mercedes em seu motor para as novas regras de 2026, que trarão mudanças drásticas em chassis e unidades de potência, é um fator que pesa na decisão de Verstappen. Enquanto a Red Bull enfrenta incertezas com seu projeto de motor próprio em parceria com a Ford, a Mercedes parece estar à frente no desenvolvimento, o que poderia garantir a Verstappen um carro competitivo para lutar por títulos.
O impacto dessa possível transferência seria sísmico. Caso confirmada, a chegada de Verstappen à Mercedes significaria a saída de George Russell ou Kimi Antonelli, já que ambos têm contratos até o final de 2025. Russell, que vem liderando a equipe com atuações sólidas, pode se tornar alvo de equipes como Red Bull ou Aston Martin, que também estaria interessada em Verstappen, segundo a La Gazzetta dello Sport. A Aston Martin, com a chegada de Adrian Newey e a parceria com a Honda, é vista como uma alternativa, mas a estabilidade e a cultura da Mercedes parecem ter conquistado o holandês, como apontou Zak Brown, CEO da McLaren, em entrevista ao The Telegraph.
No entanto, a Red Bull não está disposta a deixar seu maior astro partir sem luta. Christian Horner classificou os rumores como “fofoca” e destacou o contrato de Verstappen até 2028. Helmut Marko, consultor da equipe, reforçou que um carro competitivo é suficiente para manter o piloto, mas a colisão de Verstappen com Antonelli na primeira volta do GP da Áustria, que resultou em seu abandono, expôs as fragilidades da Red Bull. O incidente, aliado à ausência do engenheiro habitual de Max, Gianpiero Lambiase, levantou questionamentos sobre a coesão da equipe.
Enquanto isso, Verstappen mantém uma postura cautelosa. No GP da Áustria, ele evitou alimentar especulações, afirmando: “Quero apenas melhorar o carro para 2025. Não tenho muito a dizer sobre o futuro”. No entanto, sua hesitação em confirmar lealdade à Red Bull, somada às declarações de Wolff sobre uma decisão final até agosto, sugere que o acordo com a Mercedes está avançado. Fontes próximas ao piloto indicam que ele considera até mesmo um ano sabático em 2026 para avaliar o novo regulamento antes de decidir seu futuro.
A Fórmula 1 se prepara para um 2026 revolucionário, e a possível ida de Verstappen para a Mercedes pode redefinir a categoria. Enquanto a Red Bull luta para recuperar sua competitividade, a Mercedes se posiciona como uma força ascendente. Resta saber se o conselho diretivo da Mercedes aprovará o investimento no holandês e como essa mudança impactará o mercado de pilotos. Por ora, todos os olhos estão voltados para Silverstone, onde Verstappen tentará recuperar terreno no campeonato, enquanto os rumores sobre seu futuro seguem fervendo nos bastidores.
