Elon Musk Calls for Transgender Athlete Katie Spencer’s Pole Vault Title to Be Revoked, Argues That U.S. Awards Are Not Meant for ‘WOKE’ People Like Her
Em meio a um debate crescente sobre equidade no esporte, Elon Musk causou uma nova onda de polêmica ao exigir publicamente que o título de salto com vara da atleta transgênero Katie Spencer seja revogado. Em uma publicação nas redes sociais que rapidamente viralizou, o bilionário empresário afirmou que prêmios nos Estados Unidos não deveriam ser concedidos a pessoas que, segundo ele, representam uma “ideologia woke” que ameaça os valores tradicionais da sociedade americana.
Musk, conhecido por suas declarações francas e muitas vezes polêmicas, escreveu: “Não é justo que atletas nascidas biologicamente do sexo feminino tenham que competir contra indivíduos que passaram por transição de gênero. O título de Katie Spencer precisa ser revogado imediatamente. As premiações esportivas dos EUA não foram feitas para ideologias woke, mas para mérito, esforço e justiça real.”
A atleta em questão, Katie Spencer, fez história ao conquistar a medalha de ouro no campeonato universitário de atletismo, superando o recorde anterior e garantindo o primeiro lugar com uma impressionante marca de 4,70 metros. Spencer, que é uma mulher trans, passou por transição médica e segue todas as diretrizes estabelecidas pela NCAA (National Collegiate Athletic Association) para a participação de atletas trans em competições femininas.
Defensores dos direitos LGBTQ+ e representantes esportivos rebateram fortemente as declarações de Musk, acusando-o de transfobia e de alimentar um discurso perigoso que coloca em risco a integridade e o bem-estar de atletas transgêneros. “Katie jogou de acordo com as regras. Ela treinou duro, competiu justamente e venceu. Essa tentativa de deslegitimar suas conquistas apenas porque ela é uma mulher trans é vergonhosa e desumana”, disse uma porta-voz da Human Rights Campaign.
No entanto, a posição de Musk encontra eco entre grupos conservadores e políticos que há tempos questionam a participação de atletas trans em categorias femininas. Segundo esses críticos, a presença de pessoas que nasceram biologicamente do sexo masculino em esportes femininos cria uma vantagem injusta, mesmo após o processo de transição hormonal.
Musk intensificou a discussão ao relacionar a vitória de Spencer com o que ele considera uma “crise cultural” nos Estados Unidos, em que os valores tradicionais estariam sendo ameaçados por políticas progressistas e inclusivas. “Estamos sacrificando a verdade biológica e o bom senso em nome de uma ideologia. Isso precisa parar antes que seja tarde demais”, disse ele em outra publicação.
A polêmica trouxe à tona discussões mais amplas sobre o papel de figuras públicas na formação do debate social. Musk, além de ser CEO de empresas como Tesla e SpaceX, é também dono da plataforma X (antigo Twitter), onde suas declarações ganham alcance global quase instantâneo. Com milhões de seguidores, seus comentários têm impacto real, tanto no discurso público quanto na vida das pessoas mencionadas.
Katie Spencer, por sua vez, respondeu de maneira discreta. Em uma breve declaração, ela agradeceu aos apoiadores e disse que continuará competindo com integridade e paixão pelo esporte. “Ganhar esse título foi um momento de orgulho, não só para mim, mas para todas as pessoas trans que sonham em ser reconhecidas por seu esforço e talento. Não deixarei que o ódio me defina.”
A NCAA, até o momento, reafirmou seu compromisso com a inclusão e não indicou qualquer intenção de revisar o resultado da competição. A entidade destacou que suas políticas foram desenvolvidas com base em pesquisas científicas e aconselhamento médico, buscando garantir tanto a equidade quanto a inclusão no esporte universitário.
O debate continua aceso, com opiniões fortemente divididas entre liberdade de expressão, ciência, justiça esportiva e direitos humanos. A intervenção de Elon Musk acirra os ânimos em uma discussão que promete continuar no centro das atenções por muito tempo, colocando em confronto visões distintas sobre identidade, mérito e o futuro do esporte.